Para início de conversa, quando abordo o tema casamento, não estou necessariamente a referir-me a casamentos oficiais... Viver junto e casamento será a mesma coisa no tema da conversa...
Como pode um casal continuar evoluindo, diante do desafio do viver junto?
Por que será que já não são só os 7 anos suficientes para se repensar a relação?
A crise inicial de adaptação do casal que passa a conviver, seja ele casado ou não, é esperada. Adaptar-se aos costumes e preferências do outro exige muito esforço, tempo e disposição. Toda a negociação que é necessária neste período é uma arte que a maioria dos casais desconhece.
Ao conviver intimamente, as defesas do casal são colocadas a prova, é como se o outro fosse afinal uma pessoa absolutamente egoísta, que somente quer funcionar de um jeito diferente do teu.
Lidar com a intimidade que "o viver" junto propõe ameaça o eu individual. Cada um pode accionar suas defesas ao invés de cooperar para viver com as diferenças que o casamento coloca em evidência, passa a lutar para eliminar estas diferenças.
Lidar com a intimidade que "o viver" junto propõe ameaça o eu individual. Cada um pode accionar suas defesas ao invés de cooperar para viver com as diferenças que o casamento coloca em evidência, passa a lutar para eliminar estas diferenças.
Um luta contra o outro para superar as diferenças que não aceita. A cooperação e o entendimento do outro passa a ser um desafio a ser enfrentado por todos os casais.
Aquele que foi escolhido por "ser quem ele era" passa a ser alvo de tentativas para transformar naquilo que não era, ...
Ai o conflito começa porque por outro estar casado, vivenciado, resulta em pressupor ser aceito naturalmente, sem esforço de adaptação.
Existe uma crença sobre ser casado na nossa cultura que ainda cria a expectativa de que há garantias.
Por mais que as pessoas saibam que casamento pode não existir para sempre, e que a longevidade do casamento não está na "MODA" eheheheh, muitos acreditam que o casamento delas pode sobreviver.
Outras pessoas, por suas experiências vividas em família chegam ao casamento com a noção de que casamento não é para sempre e que a separação será natural. Então, lidam com a pressuposição de que a separação correrá um dia, não sabem quando, lá na frente, depois da vinda dos filhos, depois que eles crescerem, depois do património, depois, depois...
Grande confusão então: Casar pode não ser para sempre. Mas as pessoas vivem a relação de casamento como se fosse. A partir do momento que se juntam, passam a viver como se o casamento por si só fosse a garantia de que ele vai durar. Como se ele fosse um fim em si. Então não precisa se preocupar muito com o que se faz, nem com o que se diz ou deixa de dizer. As pessoas acomodam-se até a ideia que fazem dele.
A estabilidade é tão necessária que o ser humano economiza energia no que já está garantido na sua vida, para poder investir no que não está. O trabalho, por exemplo que exige grande investimento de tempo, atenção e empenho. Ele é mais instável. Para ele as pessoas dedicam-se diariamente. Para o casamento não.
A estabilidade é tão necessária que o ser humano economiza energia no que já está garantido na sua vida, para poder investir no que não está. O trabalho, por exemplo que exige grande investimento de tempo, atenção e empenho. Ele é mais instável. Para ele as pessoas dedicam-se diariamente. Para o casamento não.
Vivida desta maneira, esta realidade é horrível. Por um lado, o casamento não tem garantias e pode morrer se não for cuidado. Por outro, é vivido como se ele fosse a garantia e como se não precisasse de investimento.
Casamento não é uma condição do ser humano e sim uma escolha de vida. Estar junto é uma opção, e é útil ao casal, ao invés de pensar que é casado, pensar que está casado. .
Casamento não é uma condição do ser humano e sim uma escolha de vida. Estar junto é uma opção, e é útil ao casal, ao invés de pensar que é casado, pensar que está casado. .
Se a crise chega cada vez mais cedo na vida dos casais actualmente, provavelmente eles estão esperando do casamento mais do que ele pode dar e ofertando a ele menos do que ele precisa. É ou não é?
Chego a conclusão que "estar junto" é colocar a prova a sabedoria interior de estar frente a frente com os próprios defeitos, com a própria generosidade, paciência e estar também sujeito a do companheiro/a.
E o grande desafio muitas vezes falha principalmente nas primeiras relações... onde ainda somos pouco maduros diante do controle da nossa mente, das nossas reacções e emoções.
Outra situação que tenho chegado a conclusão é de que o casamento, uma relação conjugal poderá ter prazo de validade... Observo que as relações duram em torno de 10/15 anos e após essa altura, ou o casal já tem uma idade onde os "valores" já mudaram muito , ou seja, o sexo não tem tanta importância como tinha até os 40 ou a vida familiar (filhos) já tem uma importância maior, Ou o casal sente que não tem mais nada para dar, e sente que a fonte secou...
É nessa altura que entra muitas vezes pessoas novas, cheias de AR FRESCO apareçam e fazem com que aquela velha relação se desfaça...
Vendo por esse prisma é bom constatar que se já estivermos a meio caminho ( os 30 e tal) provavelmente estamos em direcção ao 2 ou 3 relacionamento que este sim, tem chances , eheheh
Alívio !!!!!!!!!!!!!!! eheheheh
Alívio !!!!!!!!!!!!!!! eheheheh
Mas porque sofrer em pensar que é bom ter um só parceiro durante a vida?
Acho que o mais importante mesmo, é ter Paz... viver as etapas todas, usufruir das pessoas que passarem na nossa vida, porque aprendemos sempre e tanto com todas as pessoas. E Evoluir superando-se a cada fase da vida.
Dizem que amadurecer ( amadurecer, queria dizer, envelhecer mesmo, ehehe) chegar aos 60 é muito bom a nível psicológico.
Por que nessa altura já vivemos tantas coisas, já nos sentimos mais preparados e a vida já não nos assusta tanto...
Mas isso já poderia viram outro tema de conversa...
Já agora uma piadinha!!!!
Se CASAR fosse bom ...
Chamava-se CaSORTE !!!
ahahaha
Lyn, saudades de você!!!!!!
ResponderEliminarAdorei o blog, tá lindo e muito bem escrito.
Parabéns!!!
Beijos